domingo, 12 de outubro de 2008

O TÉDIO



“O tédio é duplamente difícil de ser diagnosticado e curado porque é uma doença privada. Temos vergonha dele. Como a culpa ou a vergonha, nós o escondemos atrás da cortina do silêncio e da negação… Para moldar um quadro real de quanto a nossa vida está moldada pelo tédio, teremos de examinar seus efeitos secundários - todas as maneiras de gastarmos nossa energia tentando escapar desse mostro que juramos não estar atrás de nós. A fuga frenética ( e as estratégias de que lançamos mão para evitar o vazio) nos dá uma indicação real de quanto tememos o que os monges cristãos chamavam de “demônio do meio-dia”.

Que preço pagamos para manter uma auto-imagem falsa de robustos extrovertidos que “nunca se aborreceram”, que “estão acima de tudo isso”!


Entregue-se. Vá fundo. Estude sua enfermidade e ela o levará à saúde… A consciência do tédio é a porta de saída para a jornada do herói!”


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O treinamento de ‘olhar de frente o tédio’, ou melhor, encarar o tédio e olhar diretamente a vacuidade, é algo familiar aos zen-budistas. E no que consiste essa experiência? Bem, esse não é o objetivo desse texto, mas poderá ensejar outra explanação no futuro. O bastante por agora é salientar que um dos requisitos para vislumbrar a vacuidade é justamente livrar-se do mundo conceitual. Logo, a experiência direta não pode ser descrita em palavras - I

Fugir do tédio e da depressão é perder tempo. Entregue-se. Vá fundo. Estude sua enfermidade e ela o levará à saúde… A consciência do tédio é a porta de saída para a jornada do herói!”

AH! AH! O TÉDIO...


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2 comentários:

Ana Luiza disse...

ÀS vezes acho que o tédio vem por eu morar em uma cidade pequena... sem nada para fazer... Mas refletindo melhor dá pra ver claramente que o tédio tá em mim...

CTL disse...

O tédio é quando perdemos a felicidade na rotina, procure sempre a felicidade e perderá o tédio.